segunda-feira, 10 de maio de 2010

ao beijar quase perco a respiração, e quero a asfixia da realidade, dividida por dois.
Te ensino a se perder dentro do quarto, te ensino a não mais voltar. Tenho uma
maldição sob medida para os próximos dias. Ela faz os olhos brilharem, e as coisas ficam mais coloridas ao sol e mais lívidas quando chove. Nos próximos dias, a vidraça terá teu rosto fitando a chuva.
E ficaremos a espera de coisas inexplicáveis, que levam a vida inteira. Vou te encurralar com meu corpo,
o cheiro de horas, o calor que parece sangrar. E se isso não bastar, se não for possível te fazer crescer, serás um natimorto da maturidade, uma vítima do amor profundo. (sergio andrade)

Nenhum comentário: