segunda-feira, 10 de maio de 2010

sorrow won´t win

Aconteceu quando o vi caminhando perto do rio, sozinho e perdido. A visão, o desfoque, a fumaça...pensei logo haver um lugar para nós. Seus passos surgiram confusos, a figura esguia desenhava um halo na dimensão do sonho; pensei levá-lo a um refúgio, de descanso e distração, para atraí-lo, além da relva, dos abestos, dos gravetos. Provaríamos juntos o segredo bom das sombras, dos abraços úmidos e daríamos as mãos - O universo se explica quando sinto meus dedos entrelaçados aos seus e, ambos, a nos deixar guiar, sem saber ao certo, sem querer entender. Um rito de passagem sem script.


A princípio, seus pés doeriam ao galgar os galhos pontiagudos, mas ao deitarmos os corpos na copa limosa de veludo,  tudo se esqueceria. Nosso diálogo será agora entre os hálitos da calma, não falaremos nada, mas, finalmente, entenderemos tudo. Nossas roupas não mais valem a pena. Será quando você desistirá de pensar : " NÃO existe um lugar para nós ", um lugar sem tormento. Não ouvirei mais sua voz dizendo: "Sorrow found me when I was young, sorrow waited and sorrow won".

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